quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Além do que a gente espera

Por conta dos nossos pensamentos relacionados a nossa religião como iniciante, iniciado ou sacerdote, seguimos regras, tradições, cultos e o nosso egbé se serve das tradições de nossa cultura. Isto é o lógico!Mas, por conta de nosso destino, ou forma de agir para com o mundo além de nossa comunidade, encontramos as dificuldades em nos expressar. Não ha e nunca haverá uma forma única de ser, por isso somos indivíduos, temos um código genético único e precisamos nos valer de nossa forma de ser e pensar, claro evidentemente, que como supracitado, seguindo as tradições de nossa cultura. Não viemos aqui nos individualizar, viemos para ficar, para sermos repeitados, sem discriminação, com responsabilidade e força, com dignidade e humildade. Aos irmãos que ao invés de se mostrarem tão academicos, tão superiores com suas respectivas vaidades, deveriam compreender que em todo o momento somos e seremos uma única familia. Aqueles que zelam e cultuam os Orisás!
Ainda hei de ver o tempo em que gozaremos da fartura do nosso caminho, da nossa escolha, dos nossos descendentes, da amizade enfraquecida pela irresponsabilidades de alguns, intrasigencia de outros, pela grande falta de conhecimento e humildade que povoam a nossa senda.
Sermos do santo é uma prova da existencia de nossos Deuses e da grande fatia desse mercado astral em que eles se encontram.
É preciso ser irmão!Para governar é necessário que voce tenha sido governado, para ser agraciado é necessário que voce acredite, para compreender é preciso que voce ouça.
Cada um da sua forma serve aos deuses, e isso não classifica quem é melhor ou pior, porque para se ter a resposta para que caminho seguir, voce precisará com todos esses ingredientes, compreender que seus intentos, assim como a sua misão, vão além do que a gente espera.


Olorum Modupé!
Fabio de Jagun

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A importancia de nos fazermos presentes em festividades, debates, congressos, passeatas é de suma importancia para nós mesmos e para a nossa religião que apesar de identidade própria, busca uma identidade social para que possamos galgar nossos objetivos e liberdade religiosa em noso país. A grande busca de nossa relação com o mundo globalizado, fez com que mostrássemos nossa cara, raiz, orgulho e principalmente nosso perfil e intenção para com aqueles que procuram a verdadeira resposta para a grande incógnita que é apresentada a nossa religião.
Longe de quaisquer formas de protesto intrínseco de raça, cor e condição social, o candomblé precisa de uma identidade que esteja ao alcance, explicação e aceitação de todos.
A Sociedade Cultural Ilè Asé Oba Jagun, tem por objetivo principal além de resgatar as raízes tradicionalistas do nosso egbé, difundir a verdade sobre nosso povo, raça e nossa ligação com o Órun.
Nossas divindades seguem a sua cultura e formação de seu povo, assim como outras de sociedades diferentes, então que fique bem claro que estamos e vamos ficar aqui, fazendo parte da história e da humanidade!



Olorum Modupé!

Fabio de Jagun

Inauguração Ilè Asé Oba Jagun

Inauguração do Ilè Asé
dia 27 de agosto de 2011
còrte de JagunI
Ogum como personagem histórico, teria sido filho de Odùduá, o fundador de Ifé.Era um temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Ogum nunca teve direito de usar coroa(adè),feita com pequenas contas de vidro e ornada de franjas de miçangas, dissimulando o rosto, emblema da realeza para os yorubas. Foi autorizado a usar um imples diadema, chamado akòró, e isso lhe valeu ser saudado até hoje sob o nome de Ogun Aláàkórò(aquele que usa a pequena coroa).

* trecho escrito retirado de Orixás de Pierre Fatumbi Verger com tradução de Maria Aparecida da Nóbrega.